ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
O que são as alterações climáticas?
As alterações climáticas são as variações nos padrões meteorológicos, a longo prazo, no planeta Terra, tais como a temperatura e a precipitação.
O clima da superfície terreste sempre sofreu alterações de maneira natural mas, nos últimos anos, desde o período industrial (últimos 150 anos), as temperaturas aumentaram descontroladamente.
A principal causa das alterações climáticas é a queima de combustíveis fósseis, que emite gases com efeito de estufa para a atmosfera, sendo o dióxido de carbono o gás emitido em maiores quantidades.
A emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera provocou o aumento do efeito de estufa e, consequentemente, o aquecimento global.
As alterações climáticas podem intensificar os processos de degradação dos solos, por consequência de aumentos na intensidade das chuvas, inundações, períodos de seca e vento.
O que é o efeito de estufa?
O efeito de estufa é o aquecimento produzido na superfície terrestre pela retenção dos raios infravermelhos. Este fenómeno é natural e necessário para a existência e sobrevivência dos seres vivos. Caso não existisse, o calor escaparia da superfície terrestre, provocando um intenso arrefecimento.
Ao longo dos anos, por consequência da ação humana, este fenómeno tem sofrido um aumento significativo, o que levou ao aumento da temperatura média do planeta. Este aumento resultou num aquecimento global.
De 1850-1900 a 2006-2015, a temperatura média do ar aumentou cerca de 1,53°C, enquanto a temperatura média da superfície terrestre aumentou cerca de 0,87°C.
O aquecimento global teve consequências a vários níveis, nomeadamente para a agricultura. Este fenómeno resultou no aumento da frequência e intensidade dos períodos de seca em algumas regiões, derivado de uma diminuição na precipitação.
Emissões de Dióxido de Carbono
O dióxido de carbono é o gás mais poluente e com maior impacto nas alterações climáticas. O aumento da sua emissão teve um papel fundamental nestas alterações.
Este gráfico representa o aumento da temperatura média global da superfície terrestre em função do total acumulativo das emissões de CO2 de várias linhas de evidência. Conseguimos observar que se registou um aumento significativo na temperatura média global em função do aumento das emissões de CO2. Neste gráfico é possível avaliar esse aumento até 2100.
O que é o aquecimento global?
O aquecimento global é um fenómeno consequente das diversas emissões de gases que intensificam o efeito de estufa, resultando num aumento da temperatura média da superfície terrestre e do oceano.
O aumento das emissões de dióxido de carbono causou um aumento da temperatura média do planeta.
O gráfico apresentado ao lado representa a evolução da temperatura média do ar da superfície terrestre e da temperatura média global da superfície terrestre desde 1850 a 2020.
Conseguimos observar um aumento significativo em ambas as temperaturas, tendo a superfície media do ar apresentado um aumento de mais 0,5ºC.
Consequências do aquecimento global em Torres Vedras
Este gráfico representa a evolução da temperatura média da superfície da Terra, no concelho de Torres Vedras, entre 2017 e 2022. Estes valores foram recolhidos dos dados do satélite Sentinel-3.
Como é possível observar, o ano em que se registou maior valor de temperatura foi 2021, sendo um aumento cerca de 4°C, em média, em relação aos anos anteriores.
Este gráfico, construído a partir dos mesmos dados retirados do satélite Sentinel-3, corresponde à evolução da temperatura ambiental, em Torres Vedras, de seis em seis meses, com o objetivo de mostrar as diferenças de temperatura ao longo do ano.
Podemos observar que o 2º semestre apresenta sempre uma temperatura média maior do que o 1º semestre, com a exclusão de 2022, que mostra o oposto.
Os anos que mostram maior diferença entre os dois semestres foram 2017 e 2018, com uma diferença de 8°C.
O ano que apresentou uma temperatura maior em ambos os setores foi 2021.
Períodos de precipitação
O gráfico apresentado anteriormente indica-nos os valores de precipitação na região de Lisboa entre 1960-2022.
Na última década, conseguimos observar que 2010 foi o ano com maior precipitação, seguidamente de 2014. Os anos em que a precipitação foi mais baixa, neste período, foi 2021 seguidamente de 2015 e 2019.
Neste gráfico é possível observar a quantidade de dias sem chuva em Lisboa. A numeração deste gráfico foi feita de 2 em 2 anos. Com base na sua observação é possível concluir que em 2005 e 2017 os dias sem chuva em Lisboa foram iguais ,290 dias e em 2007 foram 285 dias, sendo estes os anos onde ocorreu menos precipitação.
Os anos em que se registaram maiores valores de precipitação foram em 2009, 2013 e 2019.
Ao contrário do que aconteceu em Lisboa, em 2007, Torres Vedras sofreu uma grande inundação.